A exposição Enquanto Existe Azul!, do fotógrafo Carlos Barral, chega em edição completa ao Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória, a partir da próxima quarta-feira (12). As 45 obras, curadas por Diógenes Moura, exploram a relação entre arte, natureza e a trajetória do artista, conhecido pela bionarrativa presente em seus trabalhos. Na abertura, a partir das 19h, será lançado o livro homônimo à exposição, com 260 páginas e sessão de autógrafos.
“Quando fotografo a natureza, me entrego à sua desorganização luxuriante. A estética das minhas fotos vem da natureza, da biodiversidade, de tudo que cai na terra ou nas águas e se transforma em adubo para renovar a vida e o curso do sol, trazendo para as águas sua paleta de cores. Meu foco são os detalhes do reflexo do entorno, dos movimentos das águas e do que resta do azul. Abracei fragmentos nas águas como um único universo, o objetivo da minha foto. É sempre o todo pequeno de um pedaço, que enlouqueceu o meu olhar”, explica Barral.
Enquanto Existe Azul! chega a Salvador após uma exibição em formato reduzido em Fortaleza, no Ceará. Exposta na mostra e nas páginas do livro, a obra de Carlos Barral, inspirada nas águas do velho Rio São Francisco, transcende os limites da fotografia tradicional, criando uma ponte entre imagem e pintura.
As águas do velho Rio São Francisco marcam a vida de Carlos Barral desde a infância. Na fotografia, suas composições abstratas evocam as pinceladas de grandes mestres, ampliando a experiência do espectador e enriquecendo a cena artística nacional. Além do impacto estético, o conjunto de obras busca sensibilizar os visitantes para questões ambientais urgentes.
Foto: divulgação