Entre os estados nordestinos, a Bahia se destaca como uma grande potência no agronegócio. A prova está em um estudo recente feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que revelou que oito entre os 100 municípios mais ricos do Brasil no setor estão na Bahia.
O levantamento analisou a produção agrícola de 5.563 cidades brasileiras. Das 13 cidades nordestinas presentes no ranking, mais da metade estão na Bahia, o que demonstra a força do estado no setor agrícola.
São Desidério, no Oeste baiano, lidera a lista estadual e ocupa a segunda posição no ranking nacional, com uma produção avaliada em R$ 7,7 bilhões e focada no cultivo de grãos.
Em seguida, aparecem Formosa do Rio Preto (7º lugar, R$ 5,7 bilhões), Barreiras (25º lugar, R$ 3,1 bilhões), Correntina (28º lugar, R$ 3 bilhões), Luís Eduardo Magalhães (32º lugar, R$ 2,7 bilhões), Riachão das Neves (48º lugar, R$ 2 bilhões), Jaborandi (62º lugar, R$ 1,6 bilhão) e Juazeiro (66º lugar, R$ 1,5 bilhão).
O cultivo de grãos e frutas é o grande responsável por esses números. A produção de soja, milho e algodão, além de culturas como manga, maracujá, banana e uva, tem sido fundamental para o sucesso do setor no estado.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Wallison Tum, define a liderança baiana no agronegócio como o “resultado de diversos fatores”. Entre eles, ele cita investimentos em tecnologia, infraestrutura, políticas públicas de incentivo e apoio aos produtores, além da adaptação das culturas às condições climáticas da região.