O acordo global de financiamento climático de US$ 300 bilhões anuais, fechado na COP29 em Baku, Azerbaijão, foi considerado insuficiente por organizações ambientalistas. Os recursos, que deverão ser fornecidos pelos países ricos até 2035, têm como objetivo apoiar nações em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas e limitar o aquecimento global a 1,5°C. Entretanto, países vulneráveis, como pequenas ilhas, defendiam um montante muito superior, de US$ 1,3 trilhão, e classificaram a decisão como um retrocesso.
Raíssa Ferreira, diretora do Greenpeace Brasil, destacou que a meta aprovada está aquém das necessidades e criticou a falta de obrigações claras para os países desenvolvidos. O Observatório do Clima também apontou que a inclusão de múltiplas fontes de financiamento dilui a responsabilidade das nações ricas, enquanto o WWF-Brasil afirmou que o acordo desconsidera adaptações e perdas de países menos desenvolvidos.
Como país-sede da próxima COP, que será realizada em Belém, em 2025, o Brasil será responsável por liderar negociações mais ambiciosas. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, avaliou a conferência de Baku como “difícil” e reforçou que os aportes dos países ricos são um compromisso global previsto no Acordo de Paris.
*Com informações da ONU News
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