O novo espetáculo da Márcio Fidélis Cia. de Dança, “Infinito”, estreia neste sábado (2), às 16h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, e promete abordar a morte e a passagem da vida a partir de uma experiência mágica, inspirada nas tradições afro-brasileiras que a consideram uma transição para o infinito. Dirigido pelo coreógrafo Márcio Fidélis e pelo diretor teatral Guilherme Hunder, a obra transita entre o mundo dos vivos e o imaginário popular. Os ingressos estão à venda no Sympla, R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).
Com sessões nos dias 2, 3, 10 e 11, a montagem conta com a assistência coreográfica do bailarino Kenuu Alves e com os dançarinos Alisson Farias, Filipe Maroto, Gabriela Pequeno, Jennie Costa, Kenuu Alves e Raijane Gama. A coreografia é conduzida pela narrativa do personagem Tayó, um menino muito ligado à avó, cuja morte o entristece profundamente, pois ela era seu colo e acolhida.
O espetáculo inspira-se nos folguedos da cultura popular para abordar o tema da morte de forma sensível, poética e com referências às manifestações da cultura popular e afrodiaspóricas. Entre essas manifestações, destacam-se os Mandus, os Zambiapungas e as Caretas do Mingal, além de referências ao Nego Fugido de Acupe.
“INFINITO é construído a partir de uma perspectiva cênica musical de dança, algo muito próximo do que são os folguedos. A obra traz um diálogo da dança contemporânea com as populares e as danças modernas, com um olhar artístico direcionado ao público infantojuvenil. Tudo isso é conduzido pela musicalidade e pela dramaturgia criada por Mônica Santana, que norteiam o processo de criação e a movimentação em cena”, pontua Márcio Fidélis, acrescentando que a obra conta com uma trilha sonora inédita criada por Filipe Pires e música original assinada por Ray Gouveia.
A dramaturgia inspira-se em contos yorubás que desdobram-se nas coreografias, como a dança da travessia, conectando-se às lendas da yabá Iansã, da mitologia yorubá-nagô. “O espetáculo tem como norte a palavra ‘infinito’, considerando que a vida é uma passagem e a morte não é um fim, perspectiva essa da cosmogonia africana que é fundamental para a construção do espetáculo”, declara Guilherme Hunder, que também assina o figurino da obra.
Essas manifestações, com direcionamentos coreográficos e forte impacto visual, orientaram o processo criativo das coreografias e a visualidade do espetáculo (cenário e figurino), que funde dança contemporânea e danças tradicionais da Bahia. Pensando no público-alvo e na natureza polissêmica da dança, o espetáculo também incorpora a linguagem teatral com diálogos curtos, textos gravados e elementos afins.
SERVIÇO
“INFINITO”, espetáculo de dança com direção artística de Márcio Fidélis e Guilherme Hunder
Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Quando: 2 a 11 de novembro, sábados e domingos, 16h
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Ingressos: Sympla