O Kawá, fundo de investimento criado pelo Instituto Arapyaú e pela ONG Tabôa Fortalecimento Comunitário, irá financiar pequenos agricultores de cacau da Bahia e do Pará. O objetivo é auxiliar no desenvolvimento do ecossistema de agricultura familiar e regenerativa da cultura do cacau. O fundo foi lançado nesta semana e pretende levantar R$1 bilhão em projetos ligados ao segmento cacaueiro até 2030.
Cerca de 1,2 mil agricultores devem ser beneficiados na etapa inicial do projeto, com investimento de cerca de R$30 milhões. A verba deve ter como destino o custeio da adubação, irrigação, mão de obra, compra de equipamento e adensamento com mudas. Os produtores têm até 45 dias, após receber o crédito, para realizar o investimento. Após esse período, são 36 meses de prazo para pagá-lo, com uma média de seis meses de carência.
Vinicius Ahmar, gerente de bioeconomia do Instituto Arapyaú, afirma que o fundo irá contribuir para melhorar as condições de vida de pequenos produtores, de baixa renda e com baixa produtividade na produção. “Com o Kawá, queremos ampliar a escala de impactos econômicos, sociais e ambientais positivos, atraindo investidores de maior porte para destravar modelos produtivos que façam uso sustentável do solo e gerem renda para quem mais precisa e quem conserva a floresta”, disse.
O nome Kawá faz referência à forma como o cacau era chamado nas civilizações pré-colombianas, quando era conhecido como kakawa. A iniciativa mescla recursos concessionais e filantrópicos com capital público e privado.O Kawá é classificado como um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). A metodologia de concessão de crédito é mais simplificada e acessível.
Com informações da Agência Brasil
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