Sebastião Salgado, um dos fotógrafos e fotojornalistas mais importantes do mundo, morreu nesta quinta-feira (23), aos 81 anos. O artista, que morava em Paris, na França, enfrentava complicações decorrentes de uma malária contraída nos anos 1990, segundo informações da Folha de S. Paulo.
Natural de Aimorés, em Minas Gerais, Salgado percorreu mais de cem países registrando, em imagens potentes e sensíveis, temas como pobreza, guerras, migração e injustiças sociais. A fotografia em preto e branco se tornou uma de suas principais marcas. Seu trabalho, de reconhecimento internacional, já foi exibido no Escritório das Nações Unidas, em Nova York, e ele foi o primeiro brasileiro a integrar a Academia de Belas Artes da França.
Em 2024, a exposição Êxodos, com 30 fotografias de sua autoria, esteve em cartaz na galeria da Aliança Francesa, em Salvador. A mostra reuniu registros produzidos ao longo de seis anos, em viagens por mais de 40 países. Dividida em cinco partes, apresentava imagens feitas na África, nas Américas e na Ásia, incluindo retratos de migrantes e refugiados.
Com uma extensa obra publicada em livros, Salgado também conquistou importantes prêmios internacionais, como o World Press Photo e o Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária. Recebeu ainda o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Harvard e a Ordem de Rio Branco, concedida pelo Governo Federal do Brasil.
Crédito: Reprodução