O jornalista e fotógrafo baiano Agliberto Lima, conhecido por ter fotografado Salvador e personalidades únicas da cidade como o capoeirista Mestre Pastinha e Santa Dulce dos Pobres, tem sua marca registrada na história da fotografia brasileira. Sempre com um olhar voltado ao patrimônio, tanto histórico quanto cultural, ao longo de mais de cinco décadas de trabalho, o fotógrafo planeja uma exposição para celebrar a trajetória.
Em entrevista à Veja São Paulo, Lima revelou que esteve no Recôncavo Baiano recentemente, fotografando ceramistas em Maragogipinho, e na Ilha de Itaparica, onde tem residência, montando um material para uma exposição temática, que deseja fazer e está em processo de edição. O projeto é dividido em três segmentos: Centro Histórico de Salvador, Recôncavo Baiano e retratos de personalidades de destaque e anônimas. E ainda não tem data para ser exibido.
“A Bahia tem uma riqueza arquitetônica peculiar. Quando eu faço uma foto em Salvador, tenho que enquadrar nesse universo de história, arquitetura, cultura e religiosidade”, afirmou o fotógrafo à revista. Na sua carreira, retratou com maestria figuras como os escritores João Ubaldo Ribeiro, Jorge Amado e Zélia Gattai, além de figuras como José Adário (Zé Diabo), ferreiro famoso por suas obras para o candomblé.
Agliberto Lima iniciou a carreira no Jornal da Bahia, quando tinha 19 anos. Foi contratado pela sucursal do Estado de S. Paulo em Salvador e, após o fechamento, seguiu para a sede do jornal em São Paulo, onde reside há 30 anos. Em seu perfil no Flickr, ele compartilha muitos dos seus registros.
Por Ian Reis