Depois de realizar diversas montagens itinerantes, o estúdio áfrica (escreve-se com letras minúsculas mesmo) ganhou casa própria. No próximo dia 13 de novembro, a idealizadora do projeto, a antropóloga e pesquisadora Goli Guerreiro, vai abrir oficialmente as portas da sede do projeto, num evento exclusivo para convidados. Cinco dias depois (18), o espaço será aberto ao público no sétimo andar do edifício Martins Catharino, na Rua Chile, com vista para a Baía de Todos-os-Santos.
Inspirado na história, nas práticas e na particular estética da fotografia africana, o estúdio áfrica tem como carro chefe a produção de ensaios fotográficos em fundos decorativos, mesclados com tecidos e elementos cenográficos, que criam uma atmosfera típica de estúdios em países da África Ocidental, como o Mali, o Senegal e o Benin.
Personagens
O espaço dispõe ainda de um brechó com roupas e acessórios africanos que permitem à pessoa fotografada, montar a sua persona. Isso sem contar com uma galeria para exposições temporárias e uma pequena biblioteca para a consulta e venda de livros. Minicursos sobre a história da fotografia africana e sua estética; sessões de cinema documental sobre a África contemporânea e outras atividades, também estarão à disposição dos visitantes. Estão previstas ainda, futuras residências artísticas para receber criadores da África e da diáspora atlântica.
Intercâmbio
A relação de Goli Guerreiro com a temática começou em 2008 durante uma pesquisa de pós-doutorado sobre estética e cultura, quando descobriu os estúdios fotográficos no Senegal e no Benin. De lá pra cá,
trabalhou com pintores, fotógrafos, dramaturgos e cenógrafos dos dois continentes produzindo suas Coleções Atlânticas – a Coleção Salvador, a Coleção Dakar e a Coleção Mali – Bahia -, que resultaram em retratos inspirados na estética dos estúdios africanos.