Dirigido e escrito pelo italiano Marco Calvani e protagonizado por Marco Pigossi, o longa “Maré Alta” chega nesta quinta-feira (20) aos cinemas de todo o Brasil, após colecionar elogios da crítica internacional e uma indicação na categoria de melhor filme no GLAAD Awards, considerado o “Oscar” do cinema queer. A produção estadunidense, com direção brasileira, conta a história de Lourenço (Pigossi), que se vê imerso numa jornada de autodescoberta após ser abandonado pelo namorado nos Estados Unidos, longe de sua terra natal e com o visto de turismo prestes a expirar.
Após a decepção amorosa, é questão de tempo até o protagonista conhecer Maurice (James Bland), um americano que o leva a confrontar seus medos e se reconstruir em meio às frustrações. O elenco também conta com Marisa Tomei, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Meu Primo Vinny”, além de Bill Irwin (“Interestelar”), Mya Taylor (“Tangerina”) e Sean Mahon. O longa foi produzido pela Liddell Entertainment, com distribuição nacional da Retrato Filmes.
“Ter meu primeiro protagonista em um filme estrangeiro reconhecido pela crítica internacional e, agora, poder dividir isso com o Brasil é uma alegria enorme. O filme foi exibido nos Estados Unidos e passou por alguns festivais antes de chegar ao Brasil. Foi muito bonito ver os brasileiros que moram fora do país se emocionando com essa história, se vendo representados”, afirma Marco Pigossi.
O ator revela, entretanto, que, apesar de não se tratar de uma narrativa autobiográfica, “Maré Alta” tem um caráter pessoal. Desde 2018, Pigossi mora nos EUA, em Los Angeles, onde conheceu o diretor do filme, Marco Calvani, que também é seu marido. Na época, Calvani já havia começado a trabalhar no roteiro do romance, que ganhou novos rumos após o encontro com o brasileiro. Juntos, construíram a versão final da narrativa e começaram a etapa de produção do longa-metragem. Em 2024, os dois se casaram.
O filme teve sua première mundial no South by Southwest, nos EUA, e a nacional no Festival do Rio. Também passou pelo MixBrasil, onde venceu o prêmio do público de melhor filme, e seguiu construindo sua trajetória por festivais estrangeiros.
“Um filme como ‘Maré Alta’, no contexto atual, carrega uma grande potência. É uma história que celebra as conexões entre as pessoas, a intimidade, a gentileza, em um momento de tanto ódio e intolerância. ‘Maré Alta’ é uma resposta. Enquanto tentam nos fragmentar, nós respondemos com empatia e amor”, pontua o diretor do longa.
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