Há cerca de 20 anos, a Bahia se mantém como o segundo maior estado na produção de algodão do Brasil, o maior exportador mundial da planta. Com forte presença no oeste do estado, responsável por 98% da produção, o algodão – conhecido como “ouro branco” – e os produtores baianos são representados pela Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), que, a partir de 2025, terá uma mulher à frente: Alessandra Zanotto.
A nova presidente da Abapa, que assumirá o biênio 2025/26, tem se destacado por construir um legado de sustentabilidade e inovação na cotonicultura. Sócia-diretora do Grupo Zanotto, Alessandra, que iniciou a carreira na Abapa há 8 anos como tesoureira, é uma das principais lideranças do agronegócio nacional. Aos 39 anos, a empresária também integra os comitês Women in Cotton, da International Cotton Association (ICA). Ela será a segunda mulher a ocupar o posto de presidente na Abapa.
“Para mim, liderar a Abapa é mais que um marco coletivo; é também algo muito significativo para mim, pois trago comigo histórias e sonhos. A história de uma mulher que acredita no potencial da cotonicultura baiana e sonha em levá-la ainda mais longe. De alguém que, há 8 anos, se imaginou aqui, com o desejo de ocupar esse lugar — não por mim apenas, mas pela nossa região”, declarou na cerimônia de posse.
A empresária também atua na conscientização sobre a importância da rastreabilidade e da certificação do algodão brasileiro, por meio do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), e participa do movimento Sou de Algodão, que incentiva a moda sustentável e o uso responsável da fibra.
Em entrevista à Forbes Brasil, Alessandra falou sobre a importância de ocupar o cargo e de representar a Bahia: “Quero que a associação seja exemplo em sustentabilidade e contribua para a construção de um setor mais consciente. Nosso algodão é diferenciado. Precisamos promover essas qualidades e fortalecer a imagem do produto no mercado internacional.
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