Uma das mais importantes feiras de arte do país e da América Latina, a SP-ARTE realizará sua 21ª edição entre os dias 2 e 6 de abril, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. O evento reúne galerias de arte e estúdios de design de todo o mundo, com artistas contemporâneos e históricos.
Nesta edição, Salvador será representada por três galerias: a tradicional Paulo Darzé Galeria, no Corredor da Vitória; a RV Cultura e Arte, no Rio Vermelho; e a Acervo Galeria de Arte, no Caminho das Árvores.
Representação baiana na SP-ARTE 2025
A Acervo Galeria de Arte representará o baiano Igor Rodrigues, apontado como um dos destaques da SP-ARTE 2022 e da ArtRio 2023. Natural de Feira de Santana, seu trabalho é pautado na decolonialidade. Em 2024, o artista realizou a exposição “Espelho D’Água”.
Já a RV Cultura e Arte reunirá cerca de dez artistas baianos, que transitam entre desenho, pintura, gravura, escultura, arte têxtil e publicações. Com o projeto expositivo intitulado “Arquiteturas”, a curadoria da galeria destaca obras que investigam temas como a edificação dos espaços, a estruturação dos corpos e a construção de identidades, abordando desde a dimensão política dos conhecimentos vernaculares até aspectos litúrgicos e da ancestralidade coletiva. Segundo uma das sócias do espaço, a proposta é ampliar esse diálogo dentro da feira.
Entre os artistas que estarão na exposição estão Pedro Marighella, Milena Ferreira, Felipe Rezende, Vânia Medeiros, Marcos da Matta, Igor Souza, Flávia Bomfim, Pedro Alban e George Teles.
O também baiano Alberto Pitta participará mais uma vez da SP-ARTE, representado pela Galeria Nara Roesler, que em 2024 realizou sua primeira exposição individual, “Outros Carnavais”, no Rio de Janeiro. Com curadoria de Vik Muniz, a mostra trouxe um apanhado histórico da trajetória de Pitta, destacando sua influência no carnaval e sua produção para blocos como Ilê Aiyê, Ara Ketu e Cortejo Afro.
A Galeria Galatea, com sede em São Paulo e em Salvador, no Centro Histórico, levará para a feira duas obras de Rubem Valentim, datadas da década de 1970. Valentim é referência na arte construtivista brasileira, com um trabalho marcado por fortes relações com o candomblé, utilizando geometria e símbolos das religiões de matriz africana.