O Banjo Novo, samba de rua pensado num formato mais acústico, realiza a próxima edição no Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab), no Pelourinho, no dia 9 de maio, a partir das 12h. Unindo música, memória e a força do povo preto, o encontro marcará um retorno às próprias origens de Salvador. Ingressos estarão disponíveis na próxima sexta-feira (25). Mais informações no Instagram (https://www.instagram.com/banjo_novo/).
Para Samora Lopes, um dos sócios-fundadores do Banjo Novo, realizar o projeto dentro do MUNCAB, em maio, mês em que se marca oficialmente a abolição da escravidão no Brasil, é tornar visível o protagonismo negro e afirmar a força e a beleza de uma cultura historicamente silenciada. “Ao contrário de um evento isolado, nós somos um movimento cultural profundo, dedicado a resgatar e celebrar a força de um povo que sabe transformar dor em beleza e exclusão em potência”, afirma. O museu, recentemente reinaugurado e renovado, tornou-se referência para a reflexão, reconexão e promoção das artes e saberes afrodescendentes.
Realizado mensalmente ou conforme a demanda das festividades locais, o Banjo Novo já realizou mais de 20 edições e tornou-se um ritual onde o samba persiste até que a vela, simbolizando a vida e a energia transformadora, se apague. Os frequentadores, chamados de banjeiros, são convidados a vestirem branco, em respeito às tradições de matrizes africanas.