Os “Modos de Fazer Queijo Minas Artesanal” foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O título foi concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nesta quarta-feira (4), durante a sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, realizada em Assunção, no Paraguai.
O reconhecimento veio após um requerimento feito pela Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e pela Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais à Unesco no início de 2023. É a primeira vez que um elemento gastronômico do Brasil figura na lista de patrimônios da organização internacional, que já conta com outros seis itens da cultura brasileira, como a roda de capoeira, o samba de roda do Recôncavo Baiano e o Círio de Nazaré.
A produção artesanal de Queijo Minas abrange 106 municípios mineiros e acumula diversas honrarias. Em 2002, foi declarada patrimônio de Minas Gerais. Cinco anos depois, em 2008, tornou-se patrimônio nacional, após ser reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em comunicado sobre o título, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que os sabores brasileiros representam uma das muitas riquezas do país. “Fazer queijo, culturalmente, traz consigo as características de um território e de seu povo”, afirmou.
A preparação do Queijo Minas Artesanal envolve técnicas ancestrais relacionadas à produção de queijo de leite cru. Todo o processo é realizado de forma manual, sem o uso de maquinário, para preservar o sabor autêntico. A maturação pode durar quase um mês.