O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol não deve causar impacto significativo nos preços das passagens no Brasil. Segundo ele, a regulação do setor e a presença de outras empresas no mercado devem garantir a manutenção da competitividade e proteger os consumidores.
A declaração ocorre em um cenário de frequentes críticas ao alto custo das passagens aéreas no país, especialmente em rotas domésticas. Estudos recentes apontam que o Brasil está entre os países com maior custo por quilômetro voado, uma situação que afeta tanto o turismo quanto o transporte corporativo. O governo afirmou que está monitorando a situação e que, caso a fusão se concretize, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) poderá atuar para evitar uma concentração prejudicial ao mercado.
Especialistas do setor apontam que a fusão entre Azul e Gol pode resultar em uma concentração de mercado significativa, com a nova empresa detendo cerca de 60% do mercado doméstico brasileiro. Essa concentração levanta preocupações sobre a possibilidade de redução da concorrência e aumento das tarifas aéreas. No entanto, as empresas envolvidas argumentam que a união permitirá maior eficiência operacional e melhor oferta de serviços aos passageiros.
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