O governo federal deu um passo estratégico para fortalecer a agricultura irrigada no Brasil com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre os Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), de Minas e Energia (MME) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O pacto busca superar desafios como infraestrutura energética insuficiente e promover tecnologias sustentáveis alinhadas ao Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
A Bahia, que já se destaca na produção agrícola e no uso da irrigação para aumentar a produtividade, poderá se beneficiar diretamente da iniciativa. A presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Alessandra Zanotto Costa, e o diretor da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Marcel Sander, representaram o setor agropecuário baiano na assinatura do acordo. O objetivo é garantir maior eficiência no uso da água e da energia, impulsionar a geração de empregos e fortalecer a segurança alimentar.
“Este ACT demonstra que o governo tem uma estratégia clara para crescer, desenvolver e gerar oportunidades para o bem de toda a população brasileira. Vamos expandir a agricultura irrigada de forma sustentável, promovendo inclusão socioeconômica e segurança energética”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O presidente da Aiba, Moisés Schmidt, também destacou a importância do acordo, mesmo estando em missão oficial na África Ocidental.
Atualmente, o Brasil utiliza apenas 8,5 milhões de hectares para irrigação, um número muito abaixo do potencial estimado de 54 milhões de hectares. Com a ampliação desse modelo produtivo, espera-se um crescimento significativo na produtividade agrícola e a possibilidade de até três safras anuais na mesma área. Além disso, a criação da Aliança pelo Desenvolvimento Energético dos Polos e dos Projetos de Irrigação reforça o compromisso do governo federal com a sustentabilidade e a inclusão socioeconômica dos produtores rurais.
Foto: divulgação