Depois de temporada na Europa e apresentações em diversas cidades do Brasil, “Bululú – Estórias da Invenção do Mundo” retorna ao palco em Salvador entre sexta-feira (13) e domingo (15), às 20h, na Casa Rosa (Rio Vermelho). Vencedora na categoria mais importante do Prêmio Braskem de Teatro – melhor espetáculo adulto – em 2016, a peça foi responsável também por um feito inédito naquela edição: o prêmio de melhor ator foi dividido entre os intérpretes Danilo Cairo e João Guisande, dupla que se encontra no palco no espetáculo. Com uma sessão extra no domingo, às 17h, os ingressos estão à venda no Sympla.
Fruto de um intercâmbio cultural na Europa, “Bululú” foi escrito e dirigido pelo premiado diretor espanhol Moncho Rodriguez. O espetáculo conta a saga dos comediantes Amadeus, vivido por Cairo, e Bartolomeus, interpretado por Guisande, tão antigos como o próprio teatro. Eles decidem contar o famoso romance da “Invenção do Mundo”, inspirado no Grande Teatro del Mundo, de Calderón de La Barca.
“A obra é uma visão crítica e divertida do universo do teatro, da realidade, do sonho, da vida, do ator e do espectador na sociedade contemporânea, onde todos, sem saber, representam uma personagem que finge não representar”, defende a dupla de atores da peça, que foram dirigidos por Moncho antes de sua morte, em 2023, reconhecido como um dos mais importantes diretores e pesquisadores do teatro do mundo ibérico, com mais de 200 encenações realizadas na Espanha, Brasil e Portugal.
“Bululu” teve apresentações na Europa antes de estrear no Brasil, em novembro de 2015, no Teatro SESC SENAC Pelourinho, em Salvador. Já foram mais de 100 apresentações, passando por cidades como Aracaju, Caruaru, Recife, Governador Mangabeira e Alagoinhas, no Brasil; além de Porto e Famalicão, em Portugal.
A remontagem é parte das celebrações dos 18 anos do Toca Criações Artísticas, idealizado por Danilo Cairo como um território de criação coletiva e produção cultural multilinguagem que surgiu a partir do encontro de jovens atores, de origens e formações distintas, na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia em 2006. Em 2008 o coletivo se consolidou profissionalmente com a estreia do espetáculo musical “Atire a Primeira Pedra” e vem desenvolvendo um trabalho contínuo de formação, pesquisa, criação e produção cultural vinculado ao treinamento e capacitação dos artistas, realizando espetáculos, mostras de cenas artísticas, oficinas, seminários, workshops, performances, shows e documentários.
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