O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu um recorde no último trimestre de 2024, com 39,2 milhões de pessoas empregadas. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (31), indicam que o volume é 3,3% maior do que no mesmo período do ano passado, representando um aumento de cerca de 1,3 milhão de trabalhadores.
O número de empregos sem carteira assinada também cresceu no período (5%), chegando a 14,2 milhões e se mantendo próximo do recorde registrado no terceiro trimestre de 2024. O setor público também registrou alta, com um crescimento de 4,5% no ano e alcançando 12,8 milhões de trabalhadores. Já os trabalhadores por conta própria (26 milhões) e os empregados domésticos (5,9 milhões) permaneceram estáveis em relação ao último trimestre de 2023.
“Desde 2022, registramos, em todos os trimestres, um crescimento anual significativo da população com carteira assinada. Houve uma queda importante em 2020 devido à pandemia, mas essa população começou a se recuperar no final de 2021, se recompôs em 2022 e, mesmo após essa recuperação, continuou crescendo em 2023 e 2024. Ou seja, não se trata apenas da recomposição das perdas de 2020, mas de uma expansão contínua”, afirmou Adriana Beringuy, pesquisadora do IBGE, à Agência Brasil.
Taxa de informalidade
A taxa de informalidade ficou em 38,6% da população ocupada (o equivalente a 40 milhões de trabalhadores), contra 38,8% no trimestre encerrado em setembro e 39,1% (ou 39,5 milhões) no mesmo trimestre de 2023. Com informações da Agência Brasil. (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)