A Academia de Letras da Bahia (ALB) deu início às obras de restauração das portas, janelas, esquadrias e vitrais do Palacete Góes Calmon, sede da entidade. Além da conservação dos elementos arquitetônicos, o projeto contempla ações de educação patrimonial, como a publicação de um livro sobre a história do Palacete e a realização de visitas guiadas e acessíveis para escolas públicas e universidades. As obras começaram em maio e têm previsão de conclusão para novembro.
O Palacete Góes Calmon é um marco na história de Salvador. Em processo de tombamento pelo Estado da Bahia e pelo município de Salvador, o imóvel já foi residência da família Góes Calmon e a primeira sede do Museu de Arte da Bahia. Seu acervo documental e bibliográfico guarda parte importante da memória da capital baiana.
Desde 1983, o local abriga a ALB, que realiza atividades abertas ao público com a participação de acadêmicos e convidados, entre estudiosos, docentes e profissionais de diversas áreas do conhecimento. “O Palacete Góes Calmon tem um importante papel na história baiana e, há mais de 40 anos, também sedia a Academia de Letras da Bahia. Temos a missão de zelar pela sua preservação”, destaca o presidente da ALB, Aleilton Fonseca.
A restauração está sob a coordenação técnica do arquiteto Antônio Pedro de Paula Calazans. Segundo ele, a proposta do projeto é recuperar a originalidade das esquadrias, utilizando madeira de lei para as próteses, a substituição de peças danificadas e a confecção de novas esquadrias, mantendo o estilo construtivo original. As ferragens serão reaproveitadas quando possível e, em caso de substituição, modelos semelhantes aos existentes serão adotados.
O projeto “Conservação e Restauro do Palácio Góes Calmon – Etapa 1” é uma parceria entre a ALB e o Ministério da Cultura, com patrocínio do grupo CAIXA Seguridade (CAIXA Vida e Previdência, CAIXA Capitalização, CAIXA Consórcio e CAIXA Assistência), viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Em 2023, a ALB concluiu o projeto “Restauro dos painéis de azulejo do Solar Góes Calmon”, que recuperou nove painéis do século XVIII — uma das expressões mais relevantes da azulejaria portuguesa no Brasil. Essa ação também incluiu recursos de acessibilidade, como placas em braile, audiodescrição e acesso virtual no site da ALB, viabilizados pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural – Ano II, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador.
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