A cidade do Rio de Janeiro será o epicentro das discussões globais nos próximos dias com a realização da Cúpula de Líderes do G20, que se inicia nesta segunda-feira (18). Reunindo chefes de Estado das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e União Africana, o evento marca a transição da presidência do bloco do Brasil para a África do Sul.
Sob a liderança brasileira, os debates do G20 foram guiados por três eixos principais: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; o desenvolvimento sustentável com foco na transição energética e no enfrentamento às mudanças climáticas; e a reforma da governança global para a resolução de conflitos. Entre as pautas mais emblemáticas está a proposta de taxação global dos super-ricos, que pretende arrecadar até US$ 250 bilhões anuais para financiar ações voltadas à redução das desigualdades e ao enfrentamento das mudanças climáticas. A ideia, inspirada pelo economista francês Gabriel Zucman, ganhou apoio de países como França, Espanha e África do Sul, mas enfrenta resistência de nações como Estados Unidos e Alemanha.
Além das discussões econômicas e políticas, o Brasil também introduziu uma novidade no formato do evento: o G20 Social, realizado de 14 a 16 de novembro. A iniciativa abriu espaço para a participação da sociedade civil, que contribuiu com propostas a serem anexadas ao comunicado final da cúpula. Organizações sociais, acadêmicos e entidades uniram esforços para destacar a importância de um diálogo mais amplo e inclusivo nas decisões globais.
Programação
Os encontros ocorrerão no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo. O evento começa com a recepção dos líderes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Janja Lula da Silva. O lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a primeira sessão de debates, focada no combate à fome e à pobreza, marcam a manhã do primeiro dia. À tarde, os líderes discutirão a reforma das instituições de governança global.
Na terça-feira (19), o segundo e último dia da cúpula, os debates se concentrarão no desenvolvimento sustentável e nas transições energéticas. Após a sessão de encerramento, que oficializa a transmissão da presidência do G20 para a África do Sul, os líderes participarão de reuniões bilaterais. A expectativa agora é que o país africano dê continuidade às pautas debatidas. (Com informações da Agência Brasil)
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